segunda-feira, 9 de julho de 2012

Good Times Gonna Come

        Quando tudo parece sem volta, quando a vida e crenças que você tem são postas a prova, a nossa primeira solução é entregar os pontos, desistir. Hoje, me abateu de um sentimento de solidão tão grande que me lembrei de tempos de outrora na qual ficava observando o mar, maravilhada e assustada. Maravilhada, pois ali estava a constatação do universo ao nosso redor, o tamanho do horizonte que não exploramos. Assustada, por notar minha pequenez, mediocridade diante daquele ir e vir de ondas infindas. Poucos sabem, mas tenho pavor de onda, sim, pavor. Na época dos tsunamis, ficava na espreita, observava o recuo da maré, me certificando que estava segura. Essas lembranças me tiraram algumas risadas saudosas e fiquei a me questionar, “Porque lembrar isso agora...”. Bem, ainda não sei ao certo, mas meus anos de terapia me ensinaram a analisar meus pensamentos, daí era só o que me restava fazer. Hoje, jurei horrores ter perdido a fé, aleguei que a injustiça de Deus tinha passado de seus limites, eu estava fora dos meus limites de sofrimento. Mas, sabe, nos meus momentos mais difíceis, quando estava só, me apegava a minha fé, fechava os olhos e repetia “O Senhor é meu pastor e nada me faltará, creio em Deus e na Vossa Salvação”. Agora, por puro capricho infantil e débil, neguei aquela companhia reconfortante que é acreditar em dias melhores. Senti-me tão injustiçada, abandonada, via só a disparidade que ocorria ao redor. Seria esse o sentimento similar ao de observar um horizonte longínquo, realmente não sei. Talvez, a lembrança me tenha pulado na cabeça, pelo meu medo de algo que fuja do meu controle. Mas não é nessas perguntas que estou interessada em expressar, e sim, nas conclusões que cheguei. Agora, mais tranquila, retiro o que disse sobre não ter fé. A vida é muito curta para perdermos tempo renegando nossa dor, somos agraciados, por ter ou termos pessoas que marcaram nossas vidas. Essas pessoas nos modificaram, acolheram e infelizmente, nem sempre estarão conosco, porém compõe quem somos e dali tornaremos aquela pessoa imortal. A dor de sua ausência, jamais deve sobrepor à alegria que foi sua estadia e importância em nossas vidas. Partindo desse pressuposto, uma nova atitude deve ser tomada. Um fluido de amor aos que ainda aqui estão, em respeito aos que já não o fazem. Cativar pequenas alegrias, batalhar por consciência limpa, pois eu garanto “ Good Times Gonna Come”.

P.S: I Love you, para todos que entenderam ^^

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