segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Desabafo...

Estou cansada. Nem me dei conta do quanto estou exausta. É como se não esperasse mais nada daqueles que me rodeiam. Como se toda euforia que acelerava meu coração se transformasse em uma brisa agradável, mas constante. Como se o proibido fosse algo tão palpável que não me encanta os olhos. Não me sinto parada, é pior me sinto em um movimento inerte. Trilhando um caminho familiar. Aproveitando, apenas, os momentos singulares, guardando-os como souvenirs do que me faz bem. Cansada. Sem aspirações fantasiosas que pairavam no intimo de uma mente fervorosa sem um pingo de sensatez. Agora, pondero, espero... Nem me atrevo a tentar fugir, porém de mim fogem os pensamentos que, em um passado recente, eram meu universo. Tento não pensar sobre o que podia ser feito, mas nem isso me impede de viver no mundo de certezas que tanto me são indiferentes. Indiferença, é, me sinto indiferente a mim e nem sei se isso é bom ou ruim. No fim, só sei que sinto como se meus “Ombros suportassem o meu mundo” e ele é pesado demais pra uma pessoa só.

P.s : leiam o poema '' Os ombros suportam o mundo " de Carlos Drummond...http://www.releituras.com/drummond_osombros.asp